junho 30, 2012

May 24th.

Dentro daquela casa fria ela vê seu rosto em cada uma daquelas paredes, o sente em cada uma dessas canções bobas que falam de amor.
Apesar de não assumir isso, mas é tarde demais. Perder o que nunca teve é dificil. Mas se acostumar é fácil, se reerguer disso é uma tarefa que você conseguirá.
Não chore menina, não vale a pena chorar por uma paixão que não é correspondida, não vale a pena ver seus olhos inchados no espelho todos os dias por noite mal dormidas imaginando ele do seu lado, o sorriso dele e aquela voz delicada e aquele riso aconchegante.
Mais uma vez ela esta lá parada, escrevendo, um sentimento vazio do qual não quer saber o que é na realidade, prefere deixar passar e tentar se acostumar com tudo isso, com toda essa solidão que na verdade nunca a deixou, sempre esteve ali escondida esperando o momento certo para aparecer.
Não vá deixar isso acontecer de novo, não fique fraca, tente ficar forte. Abra seus olhos e veja o mundo lá fora, é inverno, é frio mas você não precisa ser igual essa estação, há tanta beleza, há tanta vida... viva!
É hora de se retirar e pensar, e pense, não deixe nada de mal te acontecer, não mais.
Você aprendeu, você cresceu, agora lide com essa vida.M

junho 28, 2012

Tudo volta, parte 3.

De joelhos, caida outra vez. Sentindo calafrios, suas mãos começam a ficar vermelhas. Aquela mesma cor morta, aquele mesmo som, aquele mesmo gosto.
Tudo está saindo do controle, mas você não quer mais controlar tudo isso, você provoca, você implora para que venha mais, você pede mais...
A água gelada no rosto deixa seu rosto mais pálido, a doença começa a ficar mais aparente e alguns percebem sua indiferença, sua distância, sua solidão.
Força um pigarro, sente uma leve dor, uma ardência que chega a ser boa de tão dolorida que é.
Sentindo prazer na dor... onde estamos indo? A certeza de que isso está tomando conta de sua vida nem a incomoda. Amanhã estará lá de novo, de joelhos implorando para que ela volta.

junho 26, 2012

Love let me go.


Fraca.

Quando você tenta fingir que está tudo bem mas isso já não da certo. Não consegue mais se enganar, não consegue mais achar nada que te deixe bem.
E lá está você de novo, com a cabeça naquele mesmo lugar, na mesma posição, tentando chorar mas não é possivel. Aquilo faz parte de você.
Sim, ele te faz companhia, ele quer ficar junto de você, aceite isso. Aceite...
Vocês não sabem o quanto dói, o quanto é cortante, arranca uma parte de você, não quero que ninguém sinta isso como eu sinto.
Agora é tarde demais, não tem como voltar.
Então você se pega pensando em tudo de novo, sente-se entorpecida e a angústia volta. Aquela vontade de terminar com tudo isso, volte lá e termine, tem muito mais a fazer... FAÇA! Sinta tudo isso cortando de novo, a dor chega a ser um motivo de prazer.
Se alguém entender por favor me ajude, não consigo mais, não aguento mais, não quero mais...
Tire isso de mim, por favor.

É a vida.

     O diagnóstico de depressão requer a presença de cinco ou mais dos seguintes sintomas que incluam obrigatoriamente espírito deprimido ou anedônia, durante pelo menos duas semanas, provocando distúrbios e prejuízos na área social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária.

1) Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias;
2) Anedônia: interesse ou prazer diminuído para realizar a maioria das atividades;
3) Alteração de peso: perda ou ganho de peso não intencional;
4) Distúrbio de sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
5) Problemas psicomotores: agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias;
6) Falta de energia: fadiga ou perda de energia, diariamente;
7) Culpa excessiva: sentimento permanente de culpa e inutilidade;
8) Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar ou concentrar-se;
9) Idéias suicidas: pensamentos recorrentes de suicídio ou morte.

Fonte: http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/diagnostico-de-depressao/

junho 25, 2012

Eu sei.

Lutando contra o nada e tentando descobrir o motivo que me fazia, faz ou fará feliz. Os dias já não passam rápido, a cor de seus olhos vai sumindo com o tempo, o som é esquecido mas você sabe onde encontrar tudo isso de novo.
A mesma música toca, o mesmo local, aquela velha lembrança de que você precisa dela mais do que nunca precisou.
Querendo mudar, querendo crescer, querendo ser mais, ser mais você mesma, ser mais ele, ser mais ela, ser mais tudo. Ser mais...
Sentindo saudade de sua casa, saudade de colo, aquele colo que é confortante e ao mesmo tempo assustador com tanto amor presente ali. Preciso de amor, isso já não tenho faz tempo. Quem sabe se eu tiver um pouco de amor próprio a história não muda?
Eu quero mudar essa história, quero começar hoje.
A meia vermelha, o vestido amarelo... aaaah o casaco. Cores vivas para um inverno morto. Mas são cores das quais não me orgulho de usar, cores que mentem o que sinto e disfarçam a cor dos meus olhos.
Olhos dos quais estão sendo esquecidos...
O gosto do café é o mesmo, aquele bem forte que faz companhia todos os dias. Os desenhos em sua volta, os origamis, as plantas mortas... nada condiz com o seu mundo, um universo a qual força a acreditar ser verdadeiro.
Sem sono, sem fome e sem vontade... preguiça, dores fortes e total relaxamento. Um dia totalmente despediçado por um vazio que preenche meu ser.
Não quero mais andar na contra mão, não quero mais...

junho 24, 2012

A tristeza volta, sempre volta.

Olha só quem está a chorar de  novo. Enquanto você fica ai a derramar lágrimas sabe lá o porque, fica ai querendo saber o motivo dessas lágrimas que te derruba a cada dia, a cada instante rasga suas entranhas.
Chega de ser assim, chega de se lamentar por essas coisas que supostamente te fazem mal, se ficares a olhar e observar o mundo só vai te fazer mais e mais infeliz. Aceite essa situação e siga em frente. Cada passo uma dor, em cada dor uma vontade de continuar... continue! Mesmo que pareça impossivel continue a andar.
Esse mundo irá te forçar a fazer coisas das quais não gosta, sabemos que não precisará de nada disso mais pra frente, mas se o momento pede... faça.
Faça o que tem que ser feito, faça acontecer e no futuro você será apenas mais uma máquina no meio de muitas outras.

junho 19, 2012

Tudo volta, parte 2.

Aquela mesma pergunta de sempre: porque é tão dificil aceitar a realidade?
Problemas do passado voltam a atormentar sua mente, aquelas vontades voltam aos poucos. A comida perdeu o gosto, a paisagem perdeu a cor, a vida não tem sentido. É nesse momento que você se sente fraca e vulnerável, querendo sumir, se diminuindo e não querendo ninguém por perto. Aquele momento em que você quer se isolar mas ao mesmo tempo sabe que precisa de muitos à sua volta.
Queria saber o que se passa nessa sua cabeça. Inteligência? Acho que isso falta para ela no momento, afinal, coisas fúteis voltam a rondar sua mente, suas idéias...
Você a quer por perto, você se sente bem quando ela chega, você sente que ela veio mais forte dessa vez, pra ficar por um bom tempo.
Por favor, me diga que você me quer por perto e não me troque, não me abandone. Se fizer isso que seja rápido e que eu me cure desse desespero o mais rápido possivel. Não quero estar me enganando novamente, não quero mais essa dor cortando meu estômago a cada dia. Se vier, que fique de uma vez, se for... vá e nunca mais volte. Cansei, não mais.
Enquanto você fica ai se olhando no espelho ela esta do seu lado, falando o que você precisa ouvir, você sabe que é verdade, então aquela velha tontura volta, aquela velha sensação de sentir-se (in)completa. Mas ainda sim não é do jeito que você quer, não é do mesmo jeito do passado, ela fala mais forte no seu ouvido, já não é mais aquele sussuro de antes, é ensurdecedor.
Agora é esperar, você sabe que essa noite será dificil, a primeira de muitas, amanhã será mais dificil ainda, mas depois passa, se acostuma e quem sabe alcança o que quer...
Dias assombrosos voltaram, tire ela de mim, por favor.

junho 17, 2012

A volta.

Queria poder me sentir livre, livre de todos esses sentimentos que me cercam. De todo esse mal que sinto, essa insegurança, esse medo...
Apesar do medo eu continuo por esses caminhos sombrios, são outros dias, outros tempos, já não mais o sinto, o tempo já não anda mais, não é eterno, não é nada, é uma variável inconstante.
Não quero mais isso, esse tempo me enganando. Chegou minha vez, minha hora. Na arte de fingir serei a melhor, mesmo que por dentro eu esteja me remoendo eu não falarei, não demonstrarei, serei a pior de todas, o pior de seus sonhos, uma incógnita.
Cansei de ser a coitada que todos querem guardar numa caixa em formato de coração, ser guardada e esquecida. Quero ser lembrada, seja por meu sorriso, por minhas falhas, pelo meu mal, pelo meu eu...
Coisas novas acontecerão, uma nova pessoa nascerá, diversas personalidades ocultadas em uma só, escrava desse sentimentalismo frouxo.

junho 03, 2012

Dar tempo ao tempo.

Uma criança incomum, assim todos acreditam quando ela era menor. Sempre quieta, nunca se misturando com outras crianças e sua vida tinha uma história diferente dos colegas de escola.
Vida sofrida? Todos temos. Partilhar sobre isso? Nunca!
Mas e se ela não compartilhasse com ninguém? Nunca saberiam o porque desse jeito fora do comum. Uma infância que alguns diriam que fora um pouco traumatizante. Discussões, gritos e lágrimas. Quebrar, destruir e machucar.
Quando pequena nunca soube o que era o significado de afeto, o que era um abraço sincero, o que era o amor de verdade, não aquelas mentiras. As horas passavam, os dias também e depois foram-se os anos, ela sempre ali distante do mundo. Familiares de longe não entediam o porque dos olhos distantes e vazios, aquilo era resultado de muitas noites sem dormir, escutando aqueles  tipicos ruídos de todas as noites. Todos os gritos, eles voltaram, mais fortes, mais fortes... se escondia embaixo da cama e chorava.
Crescia devagar e com aquela mesma vida pacata, ela não sabia, mas seus costumes haveriam de mudar, haveriam de ser diferentes e quem sabe poderia ser uma pessoa mais incomum ainda. Com os anos ganhou um coração sincero e verdadeiro, seus olhos ganharam vida, mas o semblante ainda era o daquela mesma menininha amedrontada, aparentando ser uma pessoa fria, que odiava tudo o que a cercava e que pedia para que o mundo se afastasse de dela.
Ela conseguiu. Todos sempre se afastam, de algum jeito que ela não consegue entender o porque. Queria não se importar com tais situações, mas não consegue, perseguindo-a dias e noites, proporcionando os piores sonhos, as piores noites de sono, aqueles velhos sentimentos voltam, aquela velha vontade de se distanciar de tudo e todos. Isso pode fazer mal para algumas pessoas, mas para ela... ah, isso a fortalece (ou apenas quer se enganar).
Chega de querer ter uma bola de cristal, chega de querer ver o futuro, deixe que tudo caminhe como esta. Sofrimento, dor e lágrimas...