julho 27, 2012

Desabafando.

Você fez, não adianta voltar atrás. Sentimento de culpa é o único sentimento que vem em sua cabeça. Ela te domina, você sente aquela velha sensação de bem estar, aquele velho calafrio toma seu corpo e arrebenta com o seu ser. A vontade de ir lá de novo é maior do que nunca, mas ela se controla, tem que guardar um pouco para a próxima vez.
Enquanto isso fica do lado dela, falando que fez errado, da próxima f ará certo, mas até quando você vai aguentar? Até quando vai ficar com isso na cabeça? Uma hora isso vai te derrubar, já viu outras pessoas caindo. Essa queda meus caros, é uma queda dificil e da qual a minoria consegue se reerguer.
Ela espera que você possa a ajudar, mas sua distância, sua frieza e indelicada fez perceber que não liga na verdade.
Enquanto isso ela seguirá por esses caminhos tortos e incertos dos quais o medo não toma mais conta de sua vida, sente um leve desconforto e saber que terá de continuar, com ou sem vocês.

julho 25, 2012

Verdejante.

Mesmo quando tentamos nos controlar, o sentimento nos puxa de uma maneira inimaginável!
Falamos o que pensamos, falamos o que é verdadeiro, o que até então estava oculto e tentamos nos enganar por uma vida. Mas porque falamos isso só para nós mesmos? Porque não compartilhar isso com aqueles que amamos? Esconder o que você sente não te fará melhor, só fará você se fechar mais ainda e sentir que não existe nada.
Não há nada em oculto que não venha ser revelado... pois e agora? Tudo foi revelado e nada resolvido.
Eu gosto de você, essas foram as últimas palavras que lhe disse, sem ao menos um beijo. Vi seu rosto pelo retrovisor e queria correr para seus braços. Agora é tarde demais, vou embora mais meu coração fica com você. Sempre esteve com você.
A dor da partida é grande, mas a dor de amor é maior. Um último abraço apertado, será que irei te ver novamente? Será que poderei dar mais um abraço?
Futuro quase incerto, mas uma certeza: dor.

julho 24, 2012

Feche a porta.

Aquela casa fria refletia o que realmente sentia e como aquela mulher era. Tremia muito, olhava o nada e estava morta por dentro. Um sorriso levemente irônico aparecia.
Escutava o tinir dos talhares, o barulho que fazia enquanto mastigava, via a indiferença que estava naquele lugar, podia ver que nada daquilo fazia real sentido, não era o lugar, era ela.
O tempo passava e sua vida não mudava, ali no mesmo canto do quarto, a mesma música tocava e a bagunça nunca aparecia, se tinha algo que odiava era ver suas coisas jogadas.
Os livros e os discos sempre foram suas melhores companhias, aquela maça em cima de sua mesa já apodrecida havia perdido a vida igual ela... achava isso.  Queria acreditar que não valia a pena lutar por nada.
Lutou uma vida para conseguir estar ali, naquela casa sozinha, os quadros pendurados, fotos de um passado em que o sorriso era grande e a vontade de viver também, mas era um sorriso não muito verdadeiro. Gostava de ficar admirando e lembrando de como foi gostoso viver, de como seria gostoso voltar a viver.
Decide levantar de sua cama e abrir a janela. Ouve um morcego passando, era noite e fazia 5 dias que não abria as janelas, não via o céu ou via pessoas. Gostava daquilo, a solidão tão convidativa. O vento então passa e começa a tocar seu rosto, assim como o céu se abria e lá estava ela gélida, olhando para aquela mulher. Tão intocável, tão pálida, tão sombria, porém tinha vida... diferente dela.
Parou e pensou a respeito de todos os últimos dias, as coisas dele continuavam no mesmo lugar. Dobrou camisa por camisa e guardou tudo dentro do armário. Olhou para a janela, fechou os olhos e só queria sentir sua presença, o toque suave de suas mãos em seu rosto, o beijo doce...

julho 22, 2012

Ajuda.

Sempre senti medo do que fui e ainda tenho medo do que sou. Distância sempre foi o ponto fraco, sofrer me fez ficar mais fraca ainda. Mas eu cansei de sofrer, quero ficar melhor, quero ser feliz e me fortalecer. Só por causa de você.
Me desculpem, mas eu preciso de ajuda. Preciso rápido, ou minha morte estará proxima.

julho 18, 2012

VI/18

Eu tentei falar, minha voz foi engolida por sua ausência, por sua falta de atenção e algo mais peculiar.
Na verdade acho que sempre idealizei o que nunca foi, é ou será possivel. Sonhos que ao meu ver são sempre sonhos. Uma felicidade que nunca será alcançada.
Não é pessimismo, é um realismo fortemente marcado por essa personalidade que as pessoas dizem ser diferente, marcada pela diferença do meu ser. Um realismo do qual me orgulho por me ajudar a não mais quebrar minha cara e chorar logo depois, sofrer sozinha e calada.
Não sou mais assim, estou ciente do que pode acontecer, do que pode vir mais adiante e só uma coisa lhe digo: não tenho mais medo.
O medo foi embora, sei que vai acontecer, não vou impedir que aconteça, porque o que tiver de ser não deve ser interrompido. Eu só espero que isso seja bom pra você, porque pra mim nunca será bom, nada o que acontece nessa vida é bom.
Enquanto isso fico aqui escutando a chuva e o vento, vendo o que foi deixado para trás e imaginando como seria.
Queria seu abraço, seu sorriso, seu cheiro e um sussuro delicado que consegue me envolver e balançar minhas estruturas. Preciso disso.

julho 13, 2012

Mundo escroto.

Chega uma hora que não dá mais. A gente se demonstra forte, escuta sempre o que todos tem pra dizer e quando você quer falar de você ninguém escuta, quando quer falar de seus problemas ninguém se importa, quando quer falar de seus méritos todos querem mais que você se foda, infelizmente esse mundo maldito.
Cansei, cansei desse mundo, dessa gente, desse tudo.
Lágrimas escorrem de seus olhos mas são lágrimas sujas, vejo toda essa sujeira e sinto nojo, sinto revolta, sinto coisas que não tem como se explicar.
Não sou mais enganada por todos vocês, quando vejo você vomitar essas palavras nojentas, um esgoto podre sai de sua boca e já não ligo mais, você não mais me corrompe. Suma com toda essa podridão de perto de mim.


Palavras do dia: sujeira, revolta, FODA-SE!

julho 11, 2012

Bilhete.

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

Quintana, M.

June 25th

Mais um dia sem te ver, sentindo tudo isso mais distante de mim, sentindo que tudo isso vai acabar como sempre... em dor.
Não quero mais pensar nisso hoje, nem amanhã e nem muito menos nos próximos dias.
Você me fazia bem, me fazia sorrir, me fazia querer sentir o gosto de viver. Agora só sobrou as lágrimas. Só sobrou o desgosto. Agora só sobrou aquela pessoa parada num canto sem ter uma reação.
O poder que uma palavra tem é grande, mas o poder de uma imagem é maior ainda! Qual definição tomar sobre aquilo? Mil maneira de codificação vem a sua mente e só resta acreditar naquilo que havia pensado no começo mas todos fizeram você mudar de opinião.
Acredite em seus pensamento, aceite que é inteligente e racional o bastante e não deixe isso acontecer de novo.
A vida é dura pra quem deixa isso acontecer, a vida é uma passagem de dor, mas que podemos aliviar isso a cada dia fazendo o que gostamos.
Nunca existirá aquela felicidade de 100%, mas sabemos que um pouco de alegria um riso poderão acontecer.
Cansei.

julho 09, 2012

Sujo.

4 de julho, ela despertara e seus olhos se abriam lentamente com medo do que poderia vir a acontecer naquele dia.
Mais um dia frio, já tinha se acostumado com isso. Dias frios, pessoas frias e almas vazias, se é que existia uma alma em cada pessoa.
Se arrumou. Muitos agasalhos como de costume para aguentar o vento que cortava seu rosto e secava todas as esperanças que um dia teve. Mais um dia sem sol, apenas mais um dia.
Na rua encontrava todas aquelas pessoas, aquele mar de gente que todos os dias se prestam a levantar e serem escravizados por um sistema xucro. Ruas cheias de pessoas vazias, sempre foi assim.
Olhava para aqueles rostos e não sentia ninguém, todos apressados e passando por cima uns dos outros.
Nas esquinas encontravam-se manifestantes e policiais, nas praças crianças e emissoras de tv mostrando o quanto era belo o lugar em que vivia, o quão harmonioso tudo era. Bibliotecas cheias, mas cheia de livros, porque não há ninguém que se interesse pela leitura.
Ouvia risos sarcásticos de pessoas falsas que a cercavam. Elas olhavam para sua cara e riam, mas porque ela se perguntava? Mais um riso irônico e sarcástico e a vontade de esfolar aquela pessoa repugnante era grande.
Ela estava se desligando do mundo, ela vai conseguir. Confie em si mesma, sempre.

julho 04, 2012

May 16th.

Mais um dia frio, é o inverno que se aproxima. Tudo o que é belo começa a desaparecer, todos se escondem, mas você continua ali parado, sorrindo um sorriso gostoso, um olhar verdadeiro, um beijo quente...
O vento vem com força para arrancar tudo o que sinto, todos os sentimentos, mas não é possivel. Tudo o que sinto já é forte demais para ser arrancado. Essa ventania meu bem, vai passar, mas tudo isso que eu sinto... ah o que eu sinto! Espero que demore pra passar.
Não acredito que eu estou assim de novo, estou bem. O que eu tenho medo no momento? De estar feliz. De ser feliz. A grande maioria dos sentimentos que vem... vão! E eu espero que esse sentimento não se perca fácil, rápido, não igual das outras vezes. A verdade é que eu te quero por perto, mas não quero te dizer. Espero que você perceba, me entenda, espero que leia, que sinta e que faça valer a pena, afinal, estou vivendo a cada minuto como se fosse o último junto de você.
Pois é, agora é tarde demais, estou boba de novo, estou impulsiva, só o tempo vai dizer como será.

julho 03, 2012

O real inverno

Ouvia o som da chuva que vinha lá de fora, mas o som dos batimentos do coração se perderam, foram camuflados pela solidão. Sua face agora era pálida, gélida e totalmente sem vida. Seu coração fora substituido por um iceberg, não queria sentir mais nada, se obrigava a acreditar nisso todos os dias em que levantava, isso se tivesse coragem de levantar...
Já 7:30am, era hora de levantar. As gotas daquela chuva suave e delicada lá fora escorriam pela janela, fazia frio, sabia que seria um daqueles dias de casa, comida e depressão. Pelo menos havia aceitado a situação.
Sentou-se em sua cama, refletiu sobre a vida, injusta, e sobre como acabaria aquele dia. LEvantou-se e correu para fazer seu chá preferido, aquele chá Oolong bem forte e sem açucar, porque mesmo sua vida sendo amarga, ela preferia o amargo ao doce.
Tão delicada, tão emotiva, não aparentava ser assim.
Saiu de casa cabisbaixa, aquele fones eram maiores que sua cabeça. Aquele guarda-chuva sempre a acompanhava, fosse em dia de sol ou de chuva. Aah, chuva! Dias chuvosos a forçava a esboçar um leve sorriso. Dias de sol sempre a deixava mais depressiva. Pessoas na rua e sua nudez... pra que?
Todos a olhavam na rua, parecia um bicho do mato, ninguém chegava perto, sua aparência era de um zumbi.
Mas a verdade é que mesmo assim... ela sabia o que precisava, ela precisava de si mesma.

julho 02, 2012

A primeira fábula.

Um simples dia, um céu ensolarado, um vento malicioso levantando sua saia... mais um dia indo para sua casa e enfrentando aquela dificil jornada de 12 horas de viagem. Mais uma viagem que teria tudo por ser uma daquelas que você ficaria entediada e estressada, mas não.
Aquele rosto não saiu de sua cabeça. Uma pessoa que todos julgariam desprezivel com seus trajes sujos, um sapato rasgado e um pedaço de arame da mão. Sem jeito por ter sido desprezado e ignorado por todos que se encontravam naquele lugar, ele pede um minuto de atenção daquela garota parada.
- Por favor, eu poderia conversar com você por um minuto e mostrar meu trabalho?
Aquela garota que antes parecia ter um semblante sério sorri para ele e lhe dá um bom dia. Parecia estranho aquilo, mas era real.
- Eu faço artesanato, queria mostrar meu trabalho pra você e perguntar se você poderia me ajudar com algumas moedas.
A garota que até o momento não havia falado nada continua a sorrir e responde um "Sim!".
- Então, qual é o teu nome jovem?
- Me chamo Amanda.
Aquele homem olha para o horizonte, sorri e lhe responde:
- Belo nome! Tens um nome forte, marcante - enquanto isso ele torcia aquele pedaço de arame que antes era sem vida e agora tomava uma nova forma - e dizem que são garotas discretas mas com forte presença. O que você faz?
- Sou estudante, estou correndo pelo tempo perdido!
- Tempo? Eu já não sei mais o que é isso! Isso de tempo eu abandonei há muitos anos atrás quando eu era mais um no mundo em busca da 'perfeição', hoje eu sou um homem sem noção do tempo, isso é relativo. Eu decidi ser livre, achei melhor, acho melhor. Mas agora vivo na rua e faço arte, a arte que para alguns é realmente arte, para outros é pura vadiagem. Alguns acham que o que faço é bandidagem, acham que fico aqui para roubar cada um de você, hipócritas.
A jovem sorri mais para o homem e olha para sua mãos que com delicadeza moldam aquele pedaço de arame.
- Sabe Amanda, aproveite agora, ame a cada dia, viva a cada dia, mas da maneira certa. Se estás estudando e gosta, continue. Não deixe de fazer o que gosta. Eu to aqui na rua mas gosto disso, por mais que as pessoas digam que eu sou inútil isto é a opinião delas. Pra mim eu tenho um papel nessa sociedade, por menor que seja ou pelo menos eles pensam assim. Toma aqui Amanda, esse é de presente pra você, seu nome.
Entregando aquele pedaço de arame para ela e saindo devagar, a menina pediu para que esperasse, tirou algumas moedas do bolso e disse:
- Não importa o que digam, o que vale é seu coração. Se sente-se bem fazendo o que gosta é isso o mais legal. Não perca essa sua essência, esse seu jeito, vale a pena lutar pelo que gostamos. Toma essas moedas, não é muito mas é para ajudar. Mas o que realmente e que mais importou hoje foi essa conversa, obrigada.
Aquele homem saiu com um sorriso no rosto tentando ter uma conversa com mais pessoas que se encontravam naquele lugar, todos ali o ignoraram por sua aparência. Mas aquela garota... nunca se esquecerá daqueles olhos tristes mas que lhe passaram uma vida nunca vista antes.

julho 01, 2012

Meias.

Uma vida sedentária, pensamentos que correm em sua cabeça tentando encontrar uma saída para tudo isso.
Lá estava ela de novo e de novo, ela sabe que tudo isso está piorando mas não quer ajuda, não quer que ninguém saiba o que acontece em seus dias, em suas horas e minutos de solidão. Aquela solidão que parece ser uma faca ragando seu ventre.
É garota, acredite que tudo isso vai mudar e que dentro de tempos você será alegre de novo, forçará um sorriso gostoso e sincero em vez daquelas lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Vai se esforçar para esquecer aquilo que no começo te fazia bem e hoje em dia só te causa dor e a machuca demais. Mas calma, fique e segure firme.
O que seriamos de nós sem as incertezas? Um novo mês está ai, novinho em folha para você, mas de que adianta um mês inteiramente novo sendo que você mesma não quer renovar sua vida? Pense...