Confusão.

Sempre tentando melhorar, tentando encontrar um motivo maior para conseguir deixar tudo aquilo e finalmente poder viver sem você.
Há mais de um ano te conheci, sempre fazendo companhia e sempre dando forças para conquistar um único objetivo... mas esse objetivo já não é mais o importante, nem quero você perto de mim.
Suplicando por ajuda, ninguém escuta, todos estão cegos com sua vidas, paixões, prazeres...
Mais uma vez sozinha naquela casa, naquele quarto, naquela cama. A solidão nunca foi tão convidativa, nunca foi tão boa viver com ela, mas quando ouço sua voz chegando tenho vontade de me atirar do último andar do prédio mais alto dessa cidade. O sofrimento e desilusão que ela vem causando não tem como descrever.
Sempre mansa, sussurrando algumas palavras doces e falando: "Vai lá, faça logo! Não deixe pra amanhã, faça agora, AGORA!"
Seu tom aumenta com o passar do dia, forçando a fazer o que não quero. E lá estou eu de novo, jogada no mesmo lugar, da mesma maneira. Aquele chão frio, a porcelana que no início era fria, com o passar do tempo se aquece levemente ao sentir que quase a abraço.
A água toca meu rosto, o que me resta agora é continuar com você aqui do meu lado, você é a única que me aceita e me quer perto, mesmo me fazendo sofrer.
Fique mais um pouco, só hoje.