dezembro 30, 2012

Prisão.

A dor e o choro da despedida são coisas que ficam na memória. Parece que foi ontem que vi aquele adeus pela janela e ainda sinto aquelas lágrimas que escorriam pelo meu rosto. As marcas ficaram nos olhos das noites em claro em que soluçava por colo daqueles que amava e ainda amo, as manchas amarelas que ficaram nas roupas enquanto permaneciam jogadas no chão e a poeira dominava aquele lugar. O tempo fez com que aumentasse o amor e a dor da distância, do sofrimento e da agonizante amargura que a vida me proporcionou.
Distanciar de quem te ama e se distanciar de todos os sentimentos do mundo ou pelo fingir que se distanciou. Dá pra ver em seus olhos que você ainda quer viver e sentir aquilo que dizem que é bom e verdadeiro.
A ânsia de ter que enganar todos à sua volta e não dizer um "Eu te amo" ou então um simples "Gosto de você meu amigo", fingir que prefere estar sozinha e que os presentes que gosta de ganhar são os presentes que a vida te dá, aqueles que te machucam, que te fizeram ver o mundo da maneira como realmente é.
Quando chego e tenho vontade de falar tudo, deixo pra amanhã, ou quem sabe pro outro dia, outra época, sendo que isso vem sido adiado há duas décadas.
Nenhum problema resolvido, nenhuma palavra foi dita, nada em oculto que não será revelado. Eu sei que ainda há tempo de dizer, mas e se o amanhã não existir mais?

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