Uma manhã que parecia que tudo daria certo naquele dia, mas isso foi até abrir a janela do seu quarto e deixar aquele bafo entrar sem ser convidado.
O sol fazia um peso sobre sua cabeça sem igual, a enxaqueca voltara com força total e isso tinha um motivo: queria que ela ficasse em casa.
As pessoas na rua sorriam com seus companheiros, os filhos corriam atrás de uma bola oval e os cachorros babavam.
A cidade fervilhava, todos decidiram sair no mesmo momento: campanha politica nas esquinas, bandeiras vermelhas, brancas, amarelas. Pessoas anormais gritavam "Vamos votar, é nosso...", enquanto a mulher gritava isso, uma outra pessoa enquanto passava empurrou-a e começou a briga.
Apertou o passo e não quis presenciar tal cena repugnante. Enquanto isso olhava calmamente os detalhes em cada calçada daquela cidade, havia muita beleza onde poucos conseguiam enxergar algo de bom. Pessoas vendendo seus trabalhos, quadros, livros, artesanatos. Porque tudo aquilo era ignorado pelos outros? Porque as pessoas não conseguem ver o belo de uma outra maneira?
Todos tão massacrantes, tão covardes em aceitar que naquela cidade ainda havia beleza, não precisavam fingir algo que não eram.
Olhei para o outro lado da rua, não queria passar pela praça, mais pessoas sorrindo sem nenhum motivo. Mais desgosto em ve-las felizes. Eu sabia que havia algum problema em minha cabeça, lembrei e culpei a enxaqueca.
Havia mais uma longa caminhada pela frente, a pergunta não parava: Porque saiu de casa?
Corri pela ruas, era como se ninguém pudesse me ver. Corri como se houvesse um chicote atrás de mim. Fugir daquelas pessoas... era necessário.
outubro 27, 2012
outubro 25, 2012
Sombras.
Meus olhos estão abertos, a respiração continua a mesma e a boca continua fechada. As palavras querem sair e serem entoadas em uníssono, mas e o medo?
Continuar... penso nisso em todos esses último 400 dias, a cada dia uma nova caminhada, a cada caminhada um obstáculo, a cada obstáculo um tropeço, a cada tropeço uma derrota e a cada derrota... um estado de conforto.
Vontade de me entregar é o que não falta. Ficar aqui e ser uma só, com você, seriamos dois corpos gélidos parados naquele quarto frio e desértico. O ar seco, dois corpos deformados com o tempo.
Queria poder ter ajuda de todos vocês, mas mesmo se isso fosse possivel... não quero me ajudar, estou em um estado de conforto ao qual não posso e não quero sair. A dor me conforta, o choro me traz paz e a cama vazia não diz nada.
Pensamentos estranhos em uma vida estranha... faz sentido.
Rasgue meus pensamentos, dilacere meu ventre e depois dê aos corvos. Não quero mais sentir nem olhar, não quero mais pensar nem sorrir.
Acabou, esses são dias frios e triste, se conforme.
Continuar... penso nisso em todos esses último 400 dias, a cada dia uma nova caminhada, a cada caminhada um obstáculo, a cada obstáculo um tropeço, a cada tropeço uma derrota e a cada derrota... um estado de conforto.
Vontade de me entregar é o que não falta. Ficar aqui e ser uma só, com você, seriamos dois corpos gélidos parados naquele quarto frio e desértico. O ar seco, dois corpos deformados com o tempo.
Queria poder ter ajuda de todos vocês, mas mesmo se isso fosse possivel... não quero me ajudar, estou em um estado de conforto ao qual não posso e não quero sair. A dor me conforta, o choro me traz paz e a cama vazia não diz nada.
Pensamentos estranhos em uma vida estranha... faz sentido.
Rasgue meus pensamentos, dilacere meu ventre e depois dê aos corvos. Não quero mais sentir nem olhar, não quero mais pensar nem sorrir.
Acabou, esses são dias frios e triste, se conforme.
outubro 16, 2012
Armário.
Vivendo por
nada e sem nenhum objetivo. Os dias tem se tornado tortos e complicados, cada
degrau que subo é um desequilíbrio e regrido mais dez. Choro e lágrimas são os únicos que me fazem
companhias. Amigos? Sim, eu os tenho comigo sempre, mesmo que isso passe abatido. Mas não consigo nem
mesmo sentir minha respiração, não consigo sentir que estou viva, como conseguirei
sentir a presença deles? Me sinto sozinha a cada dia que passa, cavando um
buraco mais fundo, me enterrando e sem ter um jeito de voltar.
Não sei
porque as pessoas demonstram ser o que não são. Risos, alegria
passageira... Mas por dentro a dor é tão
imensa que ninguém imagina como é sentir aquilo, como é viver como ela vive.
Angústia, vazio e solitude. A vida já não mais proporciona momentos bons na
vida. Os dias passam rápido, não são mais divididos em segundos, minutos ou
horas. Passam semanas, meses e a vida dela continua... naquele mesmo buraco,
cavando todos os dias.
Assumir que
todos são os problemas de sua própria vida é fácil, quero ver é você assumir
seus próprios erros... quero ver assumir a burrice e a incapacidade que você
tem. Nada certo, coisas não definidas, não completa de fazer nada o que
começa... este seu mundo tem se tornado algo inútil. Pare e pense, olhe e
reflita... o que você realmente quer da sua vida?
Chega de se
fazer de coitada e se enganar, chega de tentar acreditar no que você mesmo
enfiou nessa cabeça oca. Assuma seus erros e prossiga. Viver nunca foi fácil e
nunca será. Lute, pelo menos assim teremos algum sentido.
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